segunda-feira, 6 de julho de 2009

3º pessoa.








Depois daquela sexta-maio, sua vida mudou seu corpo, sua alma seu jeito.
Nada traria de volta o que ela foi um dia, talvez por ter feito o que nunca pensou em fazer, mas ela sabia que era um momento de que nunca mais iria esquecer, talvez por ser um ato inesperado e único!
Tudo foi mágico. Não do jeito que ela imaginou mais foi mágico!
Tudo seria diferente, no começo sentiu-se invadida e alegre, estranha mais feliz, indecisa e emocionada, quanto mais culpada se sentia, mais vontade ela tinha.
Tudo foi mágico!
Mais o arrependimento surgiu na manhã seguinte, nada mais fazia sentido, tudo o que ela desejou pra si acabou naquele momento, tudo o que aprendeu tornou se falso e inútil, será que tudo valeria à pena?! Talvez não.

Seu corpo foi tomado por uma inútil culpa, e por uma emoção nunca sentida na vida, sua única saída foi deixar se levar pelas lagrimas, que naquele momento foi seu único consolo, perguntas invadiam seus pensamentos, as respostas nunca apareciam, o que seria dela daquele momento em diante? Seria um vazio enorme, nada voltaria ao normal, e enquanto pensava, as lagrimas corriam em seu rosto, eram puras de um sentimento que crescia dentro de si.
E durante a noite os pensamentos e principalmente as lembranças não saiam de sua cabeça, ao mesmo tempo em que se sentia corajosa e emocionada, sentia-se culpada e que havia traído seus princípios. Cansada de tudo seu corpo dolorido e olhos cegos de tanto chorar, foi embalada por uma leve sensação de prazer e dormiu.
Será que tudo valeria à pena?! Talvez sim.

Tudo piorou no domingo, o sol não havia aparecido, estava tudo cinza, seu coração sangrava de dor e sua alma chorava nada mais fazia sentido ela havia escolhido seu caminho, ela tinha certeza de que tudo foi um erro, ainda deitada na cama pois não tinha forças pare se levantar e enfrentar a verdade, os pensamentos de dor e felicidade voltaram, apesar do seu esforço para que tudo fosse esquecido, ela não tinha forças e se entregou novamente as lagrimas, usou isso como um consolo rápido, mais não eficaz.
Pediu força a si mesma, e tentou fazer desse acontecimento uma lição de amor e encarou tudo com coragem.

Após um dia de sofrimento e de aprendizado, tornou a dormir, dessa vez a dor havia desaparecido e a única coisa que apareceu foi o medo!
Tudo foi mágico.

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